Bem Vindo ao Blog da Paróquia de Vila da Ponte -Arciprestado de Sernancelhe - Diocese de Lamego

"A opção fundamental da Vida de um Cristão é acreditar no Amor de Deus" Bento XVI

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A fé não vai de férias

     
Mais importante do que descobrir um país em 15 dias é redescobrir a nossa própria família em 15 dias. As férias são um momento precioso para um tempo familiar rico e inesquecível. Os pais, os guias da família, não só orientam os filhos na vida, como lhes devem ensinar a ver a Beleza no mundo.
As férias são óptimas por causa do descanso, das viagens, das idas à praia, mas sobretudo porque, para a maioria, há a possibilidade de pais e filhos estarem mais tempo juntos. Ou seja, é o tempo ideal de as famílias serem famílias.
Todavia, neste tempo, não há catequese, e a Eucaristia sofre um decréscimo significativo de cristãos mais novos. Cabe, então, principalmente aos pais, não deixar que se façam umas autênticas férias de fé. Como?
Estudos recentes têm comprovado que as crianças e os adolescentes aprendem sobretudo dos seus pais, na forma como eles vivem, agem, pensam e reagem. Sendo as férias um tempo familiar, são também um tempo para uma dedicação especial dos pais em relação aos seus filhos – a todos os níveis, inclusive o espiritual.

Fonte de crescimento

Rezar - Fonte de crescimentoNa verdade, a educação e influência dos pais nunca se mantêm apenas ao nível da afectividade e da transmissão de conhecimentos intelectuais e morais, mas abrange também a transmissão da fé, ajudando ou não, ao florescer da vida espiritual da criança e do adolescente. Em declarações à FAMÍLIA CRISTÃ, Maria João Ataíde, educadora de infância e professora de Pedagogia na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, esclarece: «Nós sabemos hoje, através das ciências humanas e de orientações teológicas, que a dimensão espiritual, ou seja, a nossa componente espiritual, está presente desde que somos concebidos. Essa dimensão espiritual, tal como a dimensão cognitiva, intelectual, ou a dimensão fisiológica, carece e necessita de alimento e estímulo, para se desenvolver plenamente.» E acrescenta: «A dimensão espiritual é absolutamente indispensável para uma vida mais feliz, plena e realizada, consigo própria e com os outros. Porque esta dimensão é o que nos faz ir acima do mero quotidiano de sobreviver diariamente, ou de realizar diariamente as tarefas de comer, dormir, trabalhar para ganhar dinheiro.»
A espiritualidade pode ser estimulada e experienciada dando relevo à profundidade das relações, ao silêncio da alma, ao espanto e à contemplação da criação de Deus. Um passeio no parque, uma ida à praia, um pic-nic, todas estas ocasiões são momentos em que uma experiência espiritual pode trazer uma luz renovada e rica à nossa percepção da vida, do mundo, dos outros e de Deus.
Maria João Ataíde salienta que «as férias não devem ser tempo de vazio». «Ir a um jardim público com uma criança, por exemplo, pode ser feito de uma forma trivial em que a criança vai e brinca sem qualquer finalidade ou outra coisa acontece quando o adulto se empenha com a criança. Ser capaz de não ler todo o jornal ou livro que lê habitualmente nesse momento e observar aquilo em que a criança se interessa, aquilo que ela pergunta. Então, há uma interlocução, um dar seguimento e um dar atenção aos comentários, olhares, expressões da criança que enriquecem aquilo que ela vai captando do mundo.»
A família é um espaço de crescimento, um núcleo de afecto e de transmissão de vida, e é por isso uma força poderosa para a vida quotidiana de cada um: seja para os pais, seja para os filhos.
É a partir da família que se constrói a comunidade, e é pela construção da comunidade que o mundo, a sociedade, se enriquece constantemente. Relembrando as palavras de um grande pedagogo da fé, o agora Beato João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio: «A família, fundada e vivificada pelo amor, é uma comunidade de pessoas: de esposos, homem e mulher, de pais e filhos, e dos parentes. A sua primeira tarefa é a de viver fielmente a realidade da comunhão num constante empenho por fazer crescer uma autêntica comunidade de pessoas.»´

XXVI Domingo do Tempo Comum A 2011



Hoje continuamos a aprofundar as parábolas do Senhor. Jesus recorda-nos a importância vital de uma coisa que parece ter caído em desuso: a fidelidade à palavra dada. E se a primeira leitura nos recorda que a escolha entre o bem e o mal está nas nossas mãos e é determinante na nossa vida, S. Paulo recomenda aos cristãos de Filipos, que andavam desavindos, que não tenham outros sentimentos senão os de Cristo. É esse o caminho do bem.

Catequese do Papa: amar a Deus sem pedir nada em troca


"Dieu est le Dieu du coeur humain" (Deus é o Deus do coração humano - "Tratado do Amor de Deus", I, XV): com estas palavras, aparentemente simples, temos a essência da espiritualidade de um grande mestre, de quem eu gostaria de vos falar hoje: São Francisco de Sales, bispo e Doutor da Igreja.
Queridos irmãos e irmãs:
Nascido em 1567, em uma região de fronteira francesa, era o filho do Senhor de Boisy, de uma família antiga e nobre de Saboia. Viveu dividido entre dois séculos, o XVI e XVII, recolhendo em si o melhor dos ensinamentos e das conquistas culturais do século que terminava, reconciliando a herança do humanismo com a tendência ao absoluto, própria das correntes místicas. Sua formação foi muito completa; em Paris, cursou o ensino superior, dedicando-se também à teologia; e na Universidade de Pádua, fez os estudos de jurisprudência, como seu pai desejava, concluindo-os de forma brilhante, com doutorado em utroque iure, direito canônico e direito civil. Em sua harmoniosa juventude, refletindo sobre o pensamento de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, teve uma profunda crise, que o levou a questionar sobre sua própria salvação eterna e sobre a predestinação de Deus com relação a ele, sofrendo como drama espiritual verdadeiro as principais questões teológicas da sua época.
Ele orava intensamente, mas a dúvida o atormentou de tal forma que, durante várias semanas, quase não comeu nem bebeu. No final da provação, foi para a igreja dos dominicanos em Paris e, abrindo o coração, orou desta maneira: "Aconteça o que acontecer, Senhor, tu, que tens tudo em tuas mãos, e cujos caminhos são a justiça e a verdade, o que quer que tenhas decidido para mim... Tu, que és sempre juiz justo e Pai misericordioso, eu te amarei, Senhor (...), eu te amarei aqui, ó meu Deus, e esperarei sempre em tua misericórdia, e repetirei sempre teu louvor... Ó Senhor Jesus, sempre serás a minha esperança e a minha salvação na terra dos vivos" (I Proc. Canon., Vol. I, artigo 4).
Por volta dos 20 anos, Francisco encontrou a paz na realidade radical e libertadora do amor de Deus: amá-lo sem pedir nada em troca e confiar no amor divino; não perguntar mais o que Deus vai fazer comigo: eu simplesmente o amo, independentemente do que Ele me der ou não me der. Assim, ele encontrou a paz e a questão da predestinação - sobre a qual se discutia há muito tempo - se resolveu, porque ele não buscava mais o que poderia obter de Deus; apenas o amava, abandonava-se à sua bondade. Este foi o segredo da sua vida, que aparecerá em sua obra mais importante: o "Tratado do amor de Deus".
Vencendo a resistência do seu pai, Francisco seguiu o chamado do Senhor e, em 18 de dezembro de 1593, foi ordenado sacerdote. Em 1602, ele se tornou o bispo de Genebra, em um período em que a cidade era um ponto forte do calvinismo, tanto que a sede episcopal se encontrava "exilada" em Annecy. Pastor de uma diocese pobre e conturbada, em um enclave de montanha do qual conhecia bem tanto a dureza como a beleza, escreveu: "Encontrei-me com Ele [Deus], cheio de doçura e ternura, entre nossas altas e escarpadas montanhas, onde muitas almas simples o amavam e o adoravam com toda verdade e sinceridade; o cervo e a gazela corriam aqui e ali, entre o gelo terrível, para anunciar seu louvor" (Carta à mãe de Chantal, outubro de 1606, em Oeuvres, Ed. Mackey, t. XIII, p. 223). E, no entanto, a influência da sua vida e dos seus ensinamentos na Europa da época foi imensa. Ele foi apóstolo, escritor, pregador, homem de ação e oração; esteve comprometido com os ideais do Concílio de Trento, envolvido na controvérsia e no diálogo com os protestantes, experimentando cada vez mais, muito além do necessário confronto teológico, a eficácia da relação pessoal e da caridade; foi também encarregado de missões diplomáticas a nível europeu e de deveres sociais de mediação e reconciliação. Mas, acima de tudo, São Francisco de Sales é um pastor de almas: do encontro com uma jovem mulher, a senhora de Charmoisy, inspirou-se para escrever um dos livros mais populares da era moderna, a "Introdução à vida devota"; de sua profunda comunhão espiritual com uma personalidade excepcional, Santa Joana Francisca de Chantal, nasceu uma nova família religiosa, a Ordem da Visitação, caracterizada - assim como quis o santo - por uma consagração total a Deus, vivida na simplicidade e humildade, em fazer extraordinariamente bem as coisas ordinárias: "Quero que minhas filhas - escreveu ele - não tenham outro ideal a não ser o de glorificar [Nosso Senhor] com sua humildade" (Carta a Mons. De Marquemond, junho de 1615). Ele morreu em 1622, aos 55 anos, após uma existência marcada pela dureza dos tempos e pelo desgaste apostólico.
A vida de São Francisco de Sales foi relativamente curta, mas vivida com grande intensidade. Da figura deste santo emana uma impressão de estranha plenitude, demonstrada com a serenidade de sua busca intelectual, também na riqueza dos seus afetos e na "doçura" de seus ensinamentos, que foram muito influentes na consciência cristã. Da palavra "humanidade", ele incorporou diferentes significados e, então como agora, este termo pode se referir à cultura, à cortesia, à liberdade e ternura, à nobreza e solidariedade. Em sua aparência, tinha algo da majestade da paisagem em que viveu, conservando também a simplicidade e a natureza. As antigas palavras e imagens com que se expressava são ouvidas de forma inesperada, também pelo homem atual, como uma língua materna e familiar.
A Filoteia, destinatária ideal de sua "Introdução à vida devota" (1607), Francisco de Sales dirige um convite que podia parecer, na época, revolucionário. É o convite a ser totalmente de Deus, vivendo em plenitude a presença no mundo e os deveres do próprio estado. "Minha intenção é instruir aqueles que vivem na cidade, no estado civil, no tribunal (...)" (Prefácio da "Introdução à Vida Devota"). O documento com o qual o Papa Leão XIII, mais de dois séculos depois, o proclamou Doutor da Igreja insistirá nesta ampliação do chamado à perfeição, à santidade. Nele, escreveu: "[A verdadeira piedade] penetra até no trono de reis, na barraca dos chefes dos exércitos, no tribunal dos magistrados, nos escritórios, nas lojas e até nas cabanas dos pastores (...)" (Breve Dives in misericordia, 16 de novembro de 1877). Assim nasceu o chamado aos leigos, esse cuidado pela consagração das coisas temporais e pela santificação da vida cotidiana, em que insistirão o Concílio Vaticano II e a espiritualidade do nosso tempo. Manifestava-se no ideal de uma humanidade reconciliada, na harmonia entre ação no mundo e oração, entre condição leiga e busca da perfeição, com a ajuda da graça de Deus, que permeia o ser humano e, sem destruí-lo, purifica-o, elevando-o às alturas divinas. A Teótimo, o cristão adulto, espiritualmente maduro, a quem dirigirá, alguns anos mais tarde, o seu "Tratado sobre o amor de Deus" (1616), São Francisco de Sales oferece uma lição mais complexa. Esta supõe, no início, uma precisa visão do ser humano, uma antropologia: a "razão" do homem, mesmo a "alma racional", é vista como uma arquitetura harmoniosa, um templo articulado em mais espaços, em torno de um centro, que ele chama, juntamente com os grandes místicos, de "cume", "ponta" do espírito ou "fundo" da alma. É o ponto em que a razão, percorridas todas as fases, "fecha os olhos" e o conhecimento se torna uma só coisa com o amor (cf. Livro I, cap. XII). Que o amor, em sua dimensão teológica, divina, seja a razão de ser de todas as coisas, em uma escala ascendente que parece não conhecer rachaduras ou abismos, São Francisco de Sales resumiu com uma frase famosa: "O homem é a perfeição do universo, o espírito é a perfeição do homem, o amor é a do espírito, e a caridade é a do amor" (ibid., livro X, cap. I).
Em um tempo de florescimento místico intenso, o "Tratado do amor de Deus" é uma verdadeira e própria summa, além de uma fascinante obra literária. Sua descrição do itinerário até Deus parte do reconhecimento da "inclinação natural" (ibid., livro I, cap. XVI), inscrita no coração do homem, ainda que pecador, de amar a Deus sobre todas as coisas. Segundo o modelo da Sagrada Escritura, São Francisco de Sales fala da união entre Deus e o homem desenvolvendo uma série de imagens das relações interpessoais. Seu Deus é pai e senhor, esposo e amigo, tem características maternas e de cuidadora, é o sol do qual a noite é a misteriosa revelação. Uma espécie de Deus que atrai para si o homem com laços de amor, ou seja, de verdadeira liberdade: "Já que o amor não força nem tem escravos, mas reduz todas as coisas sob a própria obediência com uma força tão deliciosa que, se nada é forte como o amor, nada é tão amável como a sua força" (ibid., livro I, cap. VI).
Encontramos, no Tratado do nosso santo, uma meditação profunda sobre a vontade humana e a descrição do seu fluir, passar, morrer, para viver (cf. ibid., Livro IX, cap. XIII), no completo abandono, não só à vontade de Deus, mas também ao que lhe agrada, ao seu "bon plaisir", à sua satisfação (cf. ibid., Livro IX, cap. I). No cume da união com Deus, além dos raptos de êxtase contemplativo, coloca-se esse rebrotar da caridade concreta, que está atenta a todas as necessidades dos outros e que ele chama de "êxtase da vida e das obras" (ibid., livro VII, cap. VI).
Adverte-se bem, lendo o livro sobre o amor de Deus e, ainda mais, nas cartas de direção e amizade espirituais, que São Francisco de Sales foi um grande conhecedor do coração humano. A Santa Joana de Chantal, ele escreve: "Esta é a regra da nossa obediência, que vos escrevo com letras grandes: FAZER TUDO POR AMOR, NADA PELA FORÇA - AMAR MAIS A OBEDIÊNCIA QUE TEMER A DESOBEDIÊNCIA. Deixo-vos o espírito de liberdade, não o que exclui a obediência - pois esta é a liberdade do mundo -, mas o que exclui a violência, a ansiedade e o escrúpulo" (Carta de 14 de outubro de 1604). Não é à toa que, na origem das muitas vias da pedagogia e da espiritualidade do nosso tempo, encontramos vestígios desse mestre, sem o qual não teriam existido São João Bosco nem o heroico "pequeno caminho" de Santa Teresa de Lisieux.
Queridos irmãos e irmãs, em uma época como a nossa, que busca a liberdade, também com violência e inquietude, não se pode perder a atualidade deste grande mestre de espiritualidade e de paz, que indica aos seus discípulos o "espírito de liberdade", a verdadeira, como cume de um ensinamento fascinante e completo sobre a realidade do amor. São Francisco de Sales é um testemunho exemplar de humanismo cristão e, com seu estilo familiar, com parábolas que têm frequentemente o bater de asas da poesia, recorda que o homem carrega gravado nas profundezas de seu ser o anseio por Deus e que só n'Ele se encontra a verdadeira alegria e sua realização mais plena.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs:

São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja, é uma testemunha exemplar do humanismo cristão, cujos ensinamentos influenciaram muitos caminhos espirituais e pedagógicos do nosso tempo. Nascido em 1567, passou na juventude por uma crise espiritual que o levou a interrogar-se sobre a própria salvação eterna. Somente encontrou a paz na contemplação da realidade radical e libertadora do amor de Deus: amar-Lhe sem pedir nada em troca e confiar no amor divino. Tal foi o segredo da sua vida. Esta se caracterizou por um incansável apostolado, pela pregação, escritos e, sobretudo, pela sua direção de almas, dentre as quais se destaca Santa Joana Francisca de Chantal, fundadora com ele da Ordem da Visitação. Suas principais obras são "Introdução à vida devota" e "Tratado do Amor de Deus". Nelas o nosso Santo dirige a todas as pessoas o convite a serem completamente de Deus, mesmo vivendo no meio do mundo, pelo amoroso cumprimento dos deveres do próprio estado de vida: trata-se daquela consagração das coisas temporais e santificação do quotidiano que, quatro séculos mais tarde, afirmaria insistentemente o Concílio Vaticano II.
Queridos amigos vindos dos países de língua portuguesa, sede bem-vindos! São Francisco de Sales lembra que cada ser humano traz inscrita no íntimo de si a nostalgia de Deus. Possais todos dar-vos conta dela e por ela orientar as vossas vidas, pois só em Deus encontrareis a verdadeira alegria e a realização plena. Para tal, dou-vos a minha bênção. Ide em paz!

[Tradução: Aline Banchieri.
© Libreria Editrice Vaticana]

XXVII Domingo do Tempo Comum A 2011

1. É Outono. Época das colheitas. Tempo de terra vindimada! De frutos variados na mesa. E o “dono”, que é o “amigo” que cuida com tanto amor da sua vinha, não espera outra coisa, senão receber os seus frutos! Para isso, o proprietário da vinha envia, uma e outra vez os seus servos, os profetas, até enviar, por fim, o Seu próprio Filho. Mas estes, em vez de lhe entregarem os frutos da rectidão e da justiça, produzem violência, gritos de horror e sangue derramado! Em vez de abraços, colhem-se agraços, uvas azedas! Esta é, no fundo, a história do Amor não amado! É a longa história do amor de Deus, tantas vezes não correspondido, por parte de um Povo, que por Deus, é sempre tão acarinhado!
2. A pergunta do julgamento, sobre esta tristíssima realidade, é formulada por Jesus: «Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros»? E a sentença de morte é dada pelos próprios condenados: «arrendará a vinha a outros vinhateiros, para que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Mais uma vez, são os frutos que contam. Não as intenções, nem os discursos, nem os produtos que são apenas obra das nossas mãos!
3. Perguntemo-nos então: “Mas de que género é o fruto, que o Senhor espera de nós? À luz da imagem da vinha, oferecida por esta parábola, e lembrando a alegoria da videira e dos ramos, sabemo-lo bem: o fruto esperado são as uvas, com as quais se prepara o vinho bom e generoso!
Por agora, detenhamo-nos sobre esta imagem: para que as uvas possam amadurecer e tornar-se boas, é preciso o sol, mas também a chuva, o calor do dia e a frescura da noite. Para que dêem um vinho de qualidade, precisam de ser pisadas; há que aguardar com paciência a fermentação, seguir com cuidadosa atenção os processos de maturação.
Pensai bem: e por acaso isto mesmo não constitui uma imagem do amor e da nossa vida humana? Também nós, para crescer e amadurecer no amor, precisamos do sol e da chuva, isto é, da serenidade e da dificuldade, das fases radiosas e dos tempos de purificação e de prova. O amor a Deus e ao próximo, tal como o vinho das uvas, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da dificuldade no crescimento, da dor e da renúncia, para que possa amadurecer e transformar-se! Só deste modo é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro”, um fruto que permanece (cf. Bento XVI, Homilia, 29 Junho 2011).
4. Olhemos, então, para a nossa vida, pessoal, familiar ou paroquial, e deixemo-nos julgar pela parábola; vejamos quais os frutos que Deus poderá colher hoje em nossa vida?! Mais ainda: qual será o fruto da nossa vida, que não apodrece, nem desaparece com o tempo? Qual é o fruto que, com o tempo e fora do tempo, amadurece e permanece para a eternidade?
Não permanece o dinheiro, como produto das nossas mãos! Quem pôs nele a sua confiança, vê-o agora desaparecer, incontrolável, como uma bolha de água, por entre os dedos. Também os edifícios e outros bens sólidos e materiais não permanecem! Nem sequer os livros permanecem! Depois de um certo tempo, mais ou menos longo, todas estas coisas desaparecem! A única coisa que permanece eternamente é a alma humana, a pessoa criada por Deus, para a eternidade, capaz de amor, de amar e ser amada! Por isso, o fruto que permanece é o amor! O amor cresce e amadurece, mas não apodrece! «O amor não acaba nunca» (I Cor.13,8).
5. Queridos irmãos e irmãs:
Estamos em fase de planificação do ano escolar e do ano pastoral e todos esperamos, no final, uma colheita abundante de bons frutos. Mas esta imagem do fruto que permanece, vem recordar-nos onde deve estar o verdadeiro êxito do nosso esforço, e aonde havemos de concentrar e orientar todas as nossas energias! O fruto verdadeiro que permanece é tudo quanto semeámos nas almas humanas: o amor, o conhecimento, o gesto capaz de tocar o coração, a palavra que abre a alma à alegria de viver!
Para isto mesmo, o Senhor fez de nós, não servos, mas seus amigos! «“Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça” (Jo.15,16), diz Senhor» (cf. Aclamação ao Evangelho).
Para isto mesmo, o Senhor nos envia: para sairmos de nós mesmos e irmos ao encontro dos outros! Para levarmos a todos, aos de fora e aos de casa, aos de perto e aos de longe, o vinho novo do evangelho!
Só assim, Deus poderá entrar no nosso mundo, transformá-lo, enchê-lo e preenchê-lo com a abundância e a novidade do seu amor por nós!

XV Domingo do Tempo Comum A

YOUCAT

Prefácio de Bento XVI ao catecismo para jovens Youcat
L'Osservatore Romano
(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)

Queridos jovens amigos!

Hoje, aconselho-vos a leitura de um livro extraordinário.
É extraordinário pelo seu conteúdo, mas também pelo modo pelo qual é formado, que eu desejo explicar-vos brevemente, para que se possa compreender sua particularidade. Youcat originou-se, por assim dizer, de uma outra obra, que surgiu em meados dos anos 80. Era um período difícil para a Igreja, assim como para a sociedade mundial, durante o qual se sugeriu a necessidade de novas orientações para encontrar uma estrada rumo ao futuro. Após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e no mutante clima cultural, muitas pessoas não sabiam mais corretamente em que os cristãos deveriam propriamente acreditar, o que a Igreja poderia ensinar, se ela poderia ensinar algo a todas as pessoas, e como tudo isso poderia adaptar-se ao novo clima cultural. O Cristianismo enquanto tal não está superado? Pode-se, ainda hoje, racionalmente, ser crentes? Essas são perguntas que ainda hoje muitos cristãos se colocam. O Papa João Paulo II resolveu tomar uma decisão audaciosa: decidiu que os bispos de todo o mundo escreveriam um livro, através do qual responder a essas perguntas.

Ele confiou-me a missão de coordenar o trabalho dos bispos e assegurar que, das contribuições dos bispos, nascerie um livro – digo um verdadeiro livro, não uma simples justaposição de uma multiplicidade de textos. Este livro devia levar o título tradicional de Catecismo da Igreja Católica (CIC) e, todavia, ser algo de absolutamente estimulante e novo; devia mostrar em que crê a Igreja Católica e de que modo se pode crer de maneira racional. Fiquei assustado com essa tarefa, e devo confessar que duvidei que algo de similar pudesse surgir. Como podia acontecer que autores espalhados por todo o mundo pudessem produzir um livro legível?

Como podiam homens que vivem em continentes diversos, e não somente do ponto de vista geográfico, mas também intelectual e cultural, produzir um texto dotado de uma unidade interna e compreensível em todos os continentes? A isso, acrescentava-se o fato de que os bispos deviam escrever não simplesmente a título de autores individuais, mas em representação de seus coirmãos e das suas Igrejas locais.

Devo confessar que, ainda hoje, parece-me um milagre o fato de que esse projeto tenha alcançado seu objetivo. Encontramo-nos três ou quatro vezes no ano por uma semana e discutimos apaixonadamente sobre individuais trechos de texto que, no meio tempo, haviam sido desenvolvidos.

Por primeiro, se deveria definir a estrutura do livro: devia ser simples, para que os grupos individuais de autores pudessem receber um produto claro, e não deveria forçar um sistema complicado em suas afirmações. É a mesma estrutura deste livro; é trazida simplesmente de uma experiência catequética ao longo dos séculos: em que cremos / de que modo celebramos os mistérios cristãos / de que modo temos a vida em Cristo / de que modo devemos rezar. Não desejo agora explicar como nos desencontramos na grande quantidade de perguntas, com o risco de que não resultasse em um verdadeiro livro. Em uma obra desse gênero, muitos são os pontos discutíveis: tudo aquilo que os homens fazem é insuficiente e pode ser melhorado, e, apesar disso, trata-se de um grande livro, um sinal de unidade na diversidade. A partir de muitas vozes, pôde-se formar um coro, porque tínhamos a comum partilha da fé, que a Igreja nos transmitiu através dos séculos até hoje.

Por que tudo isso?

Já então, no tempo de produção do CIC, constatamos não somente que os continentes e as culturas dos seus povos são diferentes, mas também que, no interior das sociedades em individual, existem diversos "continentes": o operário tem uma mentalidade diferente daquela do agricultor, e um físico diferente daquela de um filólogo; um empreendedor diversa daquela de um jornalista, um jovem diferente daquela de um ancião. Por esse motivo, na linguagem e no pensamento, devemos colocar-nos acima de todas essas diferenças e, por assim dizer, buscar um espaço comum entre os diferentes universos mentais; com isso, tornamo-nos sempre mais conscientes de como o texto sempre pedia novas "traduções" nos diferentes mundos, para poder chegar às pessoas com suas diferentes mentalidades e diferentes problemáticas. Desde então, nas Jornadas Mundias da Juventude (Roma, Toronto, Colônia, Sydney), encontraram-se, provenientes de todo o mundo, jovens que desejam crer, que estão na busca de Deus, que amam a Cristo e desejam estradas comuns. Nesse contexto, perguntamo-nos se não deveríamos buscar traduzir o Catecismo da Igreja Católica na língua dos jovens e fazer penetrar as suas palavras no mundo deles. Naturalmente, também entre os jovens de hoje há muitas diferenças; assim, sob a comprovada liderança do Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, formou-se um Youcat para os jovens. Espero que muitos jovens se deixem fascinar por este livro.

Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude hodierna; mas eu não acredito nessa afirmação e estou seguro de que tenho razão. A juventude não é tão superficial como é acusada de ser; os jovens querem saber de que consiste verdadeiramente a vida. Um romance criminal é emocionante porque nos envolve no destino de outras pessoas, mas que poderia ser também o nosso; este livro é emocionante porque nos fala do nosso próprio destino e, por isso, está intimamente relacionado a cada um de nós.
Por isso, convido-vos: estudai o catecismo! Esse é o meu desejo, de coração.

Esse subsídio ao catecismo não vos engana; não oferece soluções fáceis; exige uma nova vida da vossa parte; apresenta-vos a mensagem do Evangelho como a "pérola preciosa" (Mt 13, 45) pela qual preciso dar tudo. Por isso, peço-vos: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Sacrificai o vosso tempo para isso! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, leiai-o em duplas, se sois amigos, formais grupos e redes de estudo, trocai ideias pela Internet. Permanecei, de todos os modos, em diálogo sobre a vossa fé!
Deveis conhecer aquilo em que acreditais; deveis conhecer a vossa fé com a mesma paixão que um especialista de informática conhece o sistema operacional de um computador; deveis conhecê-la como um musicista conhece a sua obra; sim, deveis ser bem mais profundamente enraizados na fé da geração dos vossos genitores, para poder resistir com força e decisão aos desafios e às tentações deste tempo. Tendes necessidade do auxílio divino, se a vossa fé não quer secar como uma gota de orvalho ao sol, se não desejais sucumbir às tentações do consumismo, se não desejais que o vosso amor se afogue na pornografia, se não desejais ignorar os fracos e as vítimas de abusos e violência.

Se vos dedicais com paixão ao estudo do catecismo, desejo ainda dar-vos um último conselho: sabeis todos de que modo a comunidade dos fiéis foi, nos últimos tempos, ferida pelos ataques do mal, pela penetração do pecado em seu interior, também no coração da Igreja. Não tomai isso como pretexto para fugir do olhar de Deus; vós mesmos sois o corpo de Cristo, a Igreja! Levai o fogo intacto do vosso amor nesta Igreja, toda a vez que os homens tiverem obscurecido o rosto. "Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor" (Rm 12, 11).

Quando Israel estava no período mais negro de sua história, Deus chamou em auxílio não os grandes e as pessoas estimadas, mas um jovem de nome Jeremias; Jeremias sentiu-se investido de uma missão muito grande: " Ah! Senhor Javé, eu nem sei falar, pois que sou apenas uma criança!" (Jr 1, 6). Mas Deus não se deixou induzir em erro: "Não digas: Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar" (Jr 1, 7).

Abençoo-vos e rezo todos os dias por todos vós.




Leitura Orante


O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, recomendou, por meio de um artigo publicado pela arquidiocese de São Paulo, que os fiéis e religiosos façam frequentes leituras da Palavra de Deus. "Desejo fazer uma reflexão sobre a leitura frequente da Santa Escritura, aconselhada a todos os cristãos". Dom Odilo também recordou a preocupação da 12º Assembleia do Sínodo dos Bispos - no ano passado - em estimular a leitura da Bíblia.
Para o purpurado, é necessário, antes de qualquer coisa ‘valorizar a Palavra de Deus em todas as celebrações litúrgicas, de modo especial, na Missa. Toda liturgia está impregnada da Palavra de Deus, que nos é proporcionada através das leituras bíblicas, das antífonas e salmos, da homilia litúrgica e de muitas expressões que permeiam, com abundância, todos os textos das celebrações da Igreja. A liturgia é o lugar privilegiado do anúncio e da acolhida da Palavra de Deus".
A invocação do Espírito Santo, segundo o cardeal, deve sempre ser feita antes da leitura da Palavra - nas celebrações ou fora delas - a fim de conseguir do próprio Senhor a revelação do sentido das Escrituras.
"É importante também ler a Bíblia em privado, na família ou em grupos; muito recomendados são os círculos bíblicos, já bem conhecidos entre nós. É bem educativo que os pais leiam a Bíblia em família e expliquem com simplicidade aos filhos e netos pequenos os principais momentos da história de Deus com o seu povo, sobretudo no Novo Testamento", explica dom Odilo.
Uma das maneiras mais simples seria a adoção da leitura orante da Bíblia (lectio divina) ‘um método simples e acessível a todos, mesmo às pessoas mais simples', diz o cardeal, que explica que o método, pela proposta de um ‘contexto de oração', estabelece o diálogo da fé, ‘no qual ouvimos a Deus que nos fala'.
Dom Odilo reafirma ainda que esse tipo de leitura não é difícil, segundo a própria experiência. "É só começar; aprende-se praticando. A preciosidade da Palavra de Deus, de resto, e sua importância para a vida cristã bem valem algum esforço de nossa parte".

É grande a tua fé...

 

abortoNÃO

Um católico que comete um homicídio ou se envolve na prática do aborto, exclui-se automaticamente da comunhão sacramental. A Igreja apenas atesta este estado. [237]
É errado ajudar a vítima de uma violação com o aborto do filho. [292]
No mandamento não matar está implícito a interrupção voluntária da gravidez (aborto) de um ser humano, desde a sua concepção. [379]
Só Deus é o Senhor da vida e da morte. Nem sequer a “minha” vida me pertence. Cada criança tem o direito à vida desde a sua concepção. Desde o início, o nascituro é uma pessoa própria, cujo círculo de direitos ninguém pode violentar, nem o Estado, nem o médico, nem mesmo a mãe.
A posição da Igreja não é carente de misericórdia, aliás, ela pretende alertar para os danos que são causados a criança morta, aos pais e a toda sociedade, e que nunca mais poderão ser reparados. Proteger a vida inocente pertence as mais nobres tarefas do Estado, se ele se furtar a esta missão, destrói ele próprio os alicerces do Estado de Direito. [383]´

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

JSF Vila da Ponte 1º Aniversário

 Oração do Terço
Organização de actividades em conjunto com a catequese
 Jornada Diocesana da Juventude
 Encontro Verão é Missão, 23 de Julho de 2011 em Vila da Ponte
 Recolha de Alimentos, Roupas e Brinquedos para a Aldeia SOS da Guarda
 Retiro no Seminário Menor de Resende
 Encontro da Família Espíritana
Verão é Missão 23.08.2011
 Vigilia Mariana e Procissão das Velas
 Vigilia Missionária
 Visita à Aldeia SOS da Guarda
Recepção dos jovens que fizeram Semana Missionária no Alentejo

Carta Apostólica em forma de Motu Proprio "Quaerit semper"

Add caption


Carta Apostólica em forma de Motu Proprio «Quaerit semper», com a qual é alterada a Constituição apostólica Pastor Bonus e algumas competências são transferidas da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina ao novo Departamento para os processos de dispensa do matrimónio rato e não consumado e as causas de nulidade da Ordem Sacra constituído no Tribunal da Rota Romana.

A Santa Sé, desde sempre, procurou adaptar a própria estrutura de governo às necessidades pastorais que, em cada período histórico, surgiram na vida da Igreja, alterando, por isso, a organização e as competências dos Dicastérios da Cúria Romana.
O Concílio Vaticano II confirmou, por seu lado, este critério reiterando a necessidade de adaptar os Dicastérios às necessidades dos tempos, das regiões e dos ritos, sobretudo no que diz respeito ao seu número, denominação, competência, os modos de actuar e a coordenação entre si (cf. Decr. Christus Dominus, 9).
O meu Predecessor, o beato João Paulo II, fiel a tais princípios, reorganizou globalmente a Cúria Romana, através da Constituição Apostólica Pastor bónus, promulgada a 28 de Junho de 1988 (AAS 80 [1988] 841-930), configurando as competências de cada um dos Dicastérios tendo em conta o Código de Direito Canónico promulgado cinco anos antes e as normas que já estavam a ser estudadas para as Igrejas orientais. Em seguida, com medidas sucessivas, seja o meu Predecessor, seja eu próprio, modificámos a estrutura e a competência de alguns Dicastérios para que respondessem mais adequadamente às exigências que se foram alterando.
Nas actuais circunstâncias, tornou-se conveniente que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos se dedique principalmente a dar um novo impulso à promoção da Sagrada Liturgia na Igreja, segundo o renovamento desejado pelo Concílio Vaticano II a partir da Constituição Sacrosanctum Concilium.
Achei, portanto, ser oportuno transferir para um novo Departamento, constituído no Tribunal da Rota Romana, a competência para tratar os processos para a concessão da dispensa do matrimónio rato e não consumado e as causas de nulidade da Ordem sacra.
Por conseguinte, sob proposta do Ex.mo Prefeito da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e com obtido o parecer favorável do Ex.mo Decano do Tribunal da Rota Romana, ouvido o parecer do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e do Pontifício Conselho para a interpretaçãoo dos Textos Legislativos, estabeleço e decreto quanto segue:
Art. 1.
São abolidos os artigos 67 e 68 da Constituição Apostólica Pastor bonus.
Art. 2.
O artigo 126 da Constituição Pastor bónus é modificado segundo o texto seguinte:
«Art. 126 § 1. Este Tribunal ordinariamente funciona como instância superior no grau de apelo junto da Sé Apostólica, para tutelar os direitos na Igreja; provê à unidade da jurisprudência e, mediante as próprias sentenças, serve de ajuda aos Tribunais de grau inferior.
§ 2. No Tribunal é erigido um Departamento que tem como competência julgar sobre os factos da não consumação do matrimónio e sobre a existência de uma justa causa para conceder a dispensa. Por isso, recebe todos os autos juntamente com o voto do Bispo e com as observações do Defensor do Vínculo, pondera atentamente, segundo o especial modo de proceder, o pedido para obter a dispensa e, verificando-se os requisitos, submete-o ao Sumo Pontífice.
§ 3. Este Departamento também é competente para tratar as causas de nulidade da sagrada Ordenação, segundo as normas do direito universal e próprio com as devidas adaptações (congrua congruis referendo).
Art. 3.
O Departamento para os processos de dispensa do matrimónio rato e não consumado e as causas de nulidade da Ordem sacra é moderado pelo Decano da Rota Romana, assistido por Oficiais, Comissários e Consultores.
Art. 4.
No dia de entrada em vigor destas normas, os processos de dispensa do matrimónio rato e não consumado e as causas de nulidade da Ordem sacra que estejam pendentes na Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos serão transmitidos ao novo Departamento do Tribunal da Rota Romana e, por este, serão tratados.
Tudo isto que decidi com esta Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, ordeno que seja observado em todas as suas partes, não obstante qualquer disposição contrária, ainda que digna de particular atenção, e estabeleço que seja promulgado mediante a publicação no jornal , «L’Osservatore Romano», e que entre em vigor no dia 1 de Outubro de 2011.
Dado em Castel Gandolfo no dia 30 de Agosto de 2011, sétimo do Nosso Pontificado.

BENEDICTUS PP. XVI

(Tradução de padre José Alfredo G. Patrício. Texto escrito segundo a anterior ortografia)

in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=87487

Seminário Maior de Lamego: 50 anos a formar Sacerdotes

O actual edifício do Seminário Maior de Lamego celebrou, no passado dia 17 de Setembro, o cinquentenário da sua construção.

Foi no ano de 1956 que o então Bispo da Diocese, D. João da Silva Campos Neves, dirigiu uma Carta Pastoral a todas as comunidades diocesanas informando-as da construção do novo Seminário. Cinco anos depois, tinha lugar a sua inauguração. A primeira actividade que ali decorreu, foi o retiro anual do clero Diocesano.

O mesmo voltou a acontecer cinquenta anos depois: de 11 a 14 de Setembro ali se realizou o retiro anual do clero da Diocese. A celebração dos cinquenta anos continuou no dia 17 de Setembro, com um conjunto de eventos que reuniu Bispos, sacerdotes, religiosas e muitos outros fiéis. Foram, também, muitas as autoridades civis e militares a marcar presença.

O dia começou com as palavras de boas vindas do actual Reitor da instituição, P. Doutor Paulo Alves. Seguiu-se um conjunto de testemunhos sobre aspectos dos cinquenta anos do Seminário: o primeiro, a cargo do Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese; o segundo, a cargo do P. José Augusto Marques, actual Pároco de Resende; o terceiro e último, foi um testemunho dado pelo Dr. Adão Sequeira, um dos membros fundadores da Associação de Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Lamego (ASEL). No final da sua intervenção, foi entregue aos presentes um livro que, para além do texto dos testemunhos dados, também contém uma nota histórica sobre o Seminário, a lista de todos os alunos e equipas formadoras do Seminário ao longo dos 50 anos da sua existência e outros dados de interesse sobre o edifício e sobre a instituição.

Ao final da manhã, foi apresentada uma possível proposta de reutilização do actual edifício do Seminário. A proposta foi apresentada em formato de vídeo, e continha um conjunto de possibilidades para uma utilização mais eficaz do espaço de grandes dimensões que constitui aquela infra-estrutura.

Ainda antes de almoço, a actual Direcção do Seminário homenageou os membros de anteriores equipas formadoras do Seminário que, naquele momento, estavam presentes, destacando a presença de Mons. Simão Botelho, um dos sacerdotes mais idosos da Diocese.

No final do almoço, que foi servido no refeitório do Seminário, os presentes assistiram à actuação da Banda Filarmónica de Lalim, que se associou a esta ocasião.

Pelas 17h30, teve início a Eucaristia comemorativa do cinquentenário, presidida pelo Sr. D. Jacinto, e na qual concelebraram o actual Bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, o Sr. D. António José Rafael, Bispo emérito de Bragança-Miranda, e cerca de trinta sacerdotes da Diocese. Foi perante uma Capela repleta, que o Sr. D. Jacinto fez referência a algumas das pessoas mais marcantes da história do Seminário. E terminou com o desejo que naquele edifício continuem a ser formados sacerdotes santos e sábios.

Depois do jantar, Rao Kyao deu um recital que a todos deixou deslumbrados.
 

Missão é Partir!


Semana Missionária no Alentejo ? Tão longe? Afinal o que vais para lá fazer?

Estas foram algumas das perguntas inevitáveis, dos familiares e amigos, quando avisava que iria estar 10 dias em experiência missionária em Montes Velhos, Jungeiros e Aldeia Nova! Para ser sincero até eu coloquei essas perguntas… afinal o que posso eu fazer???

Depois de chegar ao Alentejo as minhas questões foram ficando esclarecidas… em primeiro lugar mudei o “pronome pessoal” e comecei a pensar de outra maneira: afinal o que podemos nós fazer? Uma semana missionária é um trabalho essencialmente de grupo, um trabalho para o qual cada um tem de dar o melhor de si!

Com o passar dos dias encontrei nos outros Jovens Sem Fronteiras uma nova família… uma família que não se limitava a viver para si mas que todos os dias fazia o esforço de viver para os outros! Uma FAMÍLIA que trabalhava por amor a Cristo!

            Foram tantas e tão variadas as maneiras que encontramos para servir os outros… visitas ao domicílio… brincadeiras com as crianças… actividades com os jovens… cantar com os idosos… partilhar a dor da solidão… sorrir com os vizinhos… partilhar a cultura e a experiência…

Foram 10 dias fundamentais para aprender que ainda temos muito a dar… 10 dias fundamentais para aprender que “É ridículo não ter um sorriso na cara!”

            Vou desabafar uma coisa!!! Sinceramente é muito difícil colocar em apenas 1500 caracteres tudo aquilo que é uma Semana Missionária e tudo aquilo que ela significa para cada um dos JSF…  o que se vive durante aqueles 10 dias é uma mistura de música com emoção, carinho, solidariedade, trabalho, lágrimas e sorrisos… e tudo isto dá como resultado final uma missão espectacular!!!

Missão é procurar! Missão é sair do nosso “mundinho” e colocar um sorriso no rosto do outro! Missão é servir! Missão é Partir!

Digo convictamente: o “Alentejo” abriu-nos o coração e fez com que nós procurássemos Jesus Cristo no outro e em nós próprios…



Luís Rafael Azevedo, JSF Vila da Ponte


Retiro Anual do Clero de Lamego

Realizou-se, entre os dias 11 e 14 de Setembro de 2011, o retiro anual do clero da Diocese de Lamego.
Em 1961, ano em que foi inaugurado pelo então Bispo de Lamego, D. João da Silva Campos Neves, o actual edifício do Seminário Maior de Lamego, a primeira actividade que se realizou naquele edifício foi o retiro do clero da Diocese. As comemorações do cinquentenário daquele edifício começaram, também, com o retiro que decorreu, nestes dias, naquela casa.
Orientado pelo Sr. D. António Francisco dos Santos, actual Bispo de Aveiro, mas que, alguns anos antes, tinha sido Vice-Reitor do Seminário Maior, o retiro, no qual participaram cerca de 40 sacerdotes, acompanhados pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese, foi uma oportunidade para voltar aos inícios da vocação e com a memória, agradecida, ao período de formação sacerdotal. No retiro tomaram ainda parte os seminaristas do Seminário Maior de Lamego.
Com a sua humildade, mas com reconhecida sabedoria, o Sr. D. António foi orientando os participantes a reconhecerem a importância do Seminário e da vida espiritual no exercício do ministério sacerdotal.
Na Eucaristia do último dia, foram especialmente lembrados os sacerdotes que, este ano, já entraram na eternidade, juntamente com familiares de sacerdotes que Deus também já chamou à Sua presença. Foram ainda recordados os sacerdotes e familiares de sacerdotes que estão doentes.
Ao Sr. D. António Francisco todos agradeceram a riqueza das suas exposições e a amizade e o carinho que demonstrou para com a sua Diocese natal e com todos os participantes do retiro que dele saíram mais enriquecidos.



Ao Seminário Maior de Lamego, que quis abrir as suas portas para que nele se realizasse este retiro e, desta maneira, dar início às celebrações do seu cinquentenário, todos os participantes estão gratos pelo modo tão caloroso como foram recebidos.
 
in http://lamego-diocese.blogspot.com/

Retiro Anual do Clero de Lamego


Realizou-se, entre os dias 11 e 14 de Setembro de 2011, o retiro anual do clero da Diocese de Lamego.


Em 1961, ano em que foi inaugurado pelo então Bispo de Lamego, D. João da Silva Campos Neves, o actual edifício do Seminário Maior de Lamego, a primeira actividade que se realizou naquele edifício foi o retiro do clero da Diocese. As comemorações do cinquentenário daquele edifício começaram, também, com o retiro que decorreu, nestes dias, naquela casa.


Orientado pelo Sr. D. António Francisco dos Santos, actual Bispo de Aveiro, mas que, alguns anos antes, tinha sido Vice-Reitor do Seminário Maior, o retiro, no qual participaram cerca de 40 sacerdotes, acompanhados pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese, foi uma oportunidade para voltar aos inícios da vocação e com a memória, agradecida, ao período de formação sacerdotal. No retiro tomaram ainda parte os seminaristas do Seminário Maior de Lamego.


Com a sua humildade, mas com reconhecida sabedoria, o Sr. D. António foi orientando os participantes a reconhecerem a importância do Seminário e da vida espiritual no exercício do ministério sacerdotal.


Na Eucaristia do último dia, foram especialmente lembrados os sacerdotes que, este ano, já entraram na eternidade, juntamente com familiares de sacerdotes que Deus também já chamou à Sua presença. Foram ainda recordados os sacerdotes e familiares de sacerdotes que estão doentes.


Ao Sr. D. António Francisco todos agradeceram a riqueza das suas exposições e a amizade e o carinho que demonstrou para com a sua Diocese natal e com todos os participantes do retiro que dele saíram mais enriquecidos.


Ao Seminário Maior de Lamego, que quis abrir as suas portas para que nele se realizasse este retiro e, desta maneira, dar início às celebrações do seu cinquentenário, todos os participantes estão gratos pelo modo tão caloroso como foram recebidos.

in http://lamego-diocese.blogspot.com/

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Missão é Partir!



Semana Missionária no Alentejo ? Tão longe? Afinal o que vais para lá fazer?
Estas foram algumas das perguntas inevitáveis, do
s familiares e amigos, quando avisava que iria estar 10 dias em experiência missionária em Montes Velhos, Jungeiros e Aldeia Nova! Para ser sincero até eu coloquei essas perguntas… afinal o que posso eu fazer???



Depois de chegar ao Alentejo as minhas questões foram ficando esclarecidas… em primeiro lugar mudei o “pronome pessoal” e comecei a pensar de outra maneira: afinal o que podemos nós fazer? Uma semana missionária é um trabalho essencialmente de grupo, um trabalho para o qual cada um tem de dar o melhor de si!
Com o passar dos dias encontrei nos outros Jovens Sem Fronteiras uma nova família… uma família que não se limitava a viver para si mas que todos os dias fazia o esforço de viver para os outros! Uma FAMÍLIA que trabalhava por amor a Cristo!
Foram tantas e tão variadas as maneiras que encontramos para servir os outros… visitas ao domicílio… brincadeiras com as crianças… actividades com os jovens… cantar com os idosos… partilhar a dor da solidão… sorrir com os vizinhos… partilhar a cultura e a experiência…
Foram 10 dias fundamentais para aprender que ainda temos muito a dar… 10 dias fundamentais para aprender que “É ridículo não ter um sorriso na cara!”
Vou desabafar uma coisa!!! Sinceramente é muito difícil colocar em apenas 1500 caracteres tudo aquilo que é uma Semana Missionária e tudo aquilo que ela significa para cada um dos JSF… o que se vive durante aqueles 10 dias é uma mistura de música com emoção, carinho, solidariedade, trabalho, lágrimas e sorrisos… e tudo isto dá como resultado final uma missão espectacular!!!
Missão é procurar! Missão é sair do nosso “mundinho” e colocar um sorriso no rosto do outro! Missão é servir! Missão é Partir!
Digo convictamente: o “Alentejo” abriu-nos o coração e fez com que nós procurássemos Jesus Cristo no outro e em nós próprios…

Luís Rafael Azevedo, JSF Vila da Ponte