Com alegria e confiança de criança, levanto os
meus olhos para os montes, para Aquele que guarda a minha vida, de noite e de
dia, quando saio e quando entro, desde agora e para sempre! É com esta luminosa
melodia do Salmo 121, que canto, neste dia, ao bom Deus, que sei bem que «tem
sido o meu pastor desde que existo até hoje» (Génesis 48,15).
D’Ele quero ser transparência pura, sempre,
como Ele, pastor que visita, com um olhar repleto de bondade, beleza e
maravilha, os seus filhos e filhas que Ele agora me confia. Enche sempre,
Senhor, o meu olhar, mãos e coração com a tua presença bela e boa. Que, em mim,
sejas sempre Tu a visitar o teu povo. É esta divina maneira de ver bem, belo e
bom (episképtomai), que diz o bispo (epískopos) e a visita ou visitação pastoral
(episkopê) (Lucas 1,78; 7,16; 19,44).
É nesta toada de comovida oração que saúdo e
abraço a bela, antiga e ilustre Diocese de Lamego, todos os filhos e filhas de
Deus que nela levantam as mãos e o coração para Deus, desde os mais pequeninos
até aos mais idosos, todos e todas as comunidades e paróquias, com os/as
seus/suas catequistas, cantores, acólitos, leitores, zeladoras, confrarias,
movimentos, ministros da comunhão, animadores da caridade, seminaristas,
institutos religiosos e seculares, diáconos, presbíteros, serviços e
secretariados, colégio de consultores e cabido da Sé Catedral, e o meu querido
amigo e irmão no episcopado, D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, a quem saúdo
com particular afecto.
Estarei amanhã [domingo], Dia da Solenidade de
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, em comunhão com todos vós na
celebração do Dia da Igreja Diocesana, e sentirei convosco «A Família e a Igreja
nos caminhos da Nova Evangelização». Que o Senhor a quem servimos e que nos
mandou servir os nossos irmãos mais pequeninos encha das suas graças o jovem
Ricardo Jorge Ribeiro Barroco, que amanhã receberá a Ordenação Diaconal. Para
todos invoco a bênção de Cristo Rei, e a protecção de S. Sebastião, Padroeiro da
nossa Diocese de Lamego, e de Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, que
particularmente invocamos como Nossa Senhora dos Remédios.
Quero, nesta hora de graça, manifestar também o
meu afecto e gratidão à Igreja Bracarense, que Deus me deu a graça de servir nos
últimos quatro anos. O meu abraço grato e fraterno ao Senhor Arcebispo Primaz,
D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, e ao Senhor Manuel da Silva Rodrigues Linda.,
que tem sido comigo Bispo Auxiliar. As minhas mais afectuosas saudações a todos
aqueles que, nestes quatro anos, Deus colocou no meu caminho: presbíteros,
diáconos, seminaristas, fiéis leigos empenhados no «trabalho do amor» (1
Tessalonicenses 1,3) e o bom povo de Deus, a quem tanto fico a dever.
À Igreja de Lamego que servirei agora, à Igreja
de Braga que servi nestes quatro anos, à Sociedade Missionária da Boa Nova que
me acolheu desde criança e em cujo seio aprendi a dilatar o coração, e a todas
as Igrejas por onde tive a graça de passar e de servir, a todos peço que «luteis
comigo na oração» (Romanos 15,30) para que eu possa ser sempre fiel à causa do
Evangelho.
Esta hora de graça serve ainda para atestar a
minha fidelidade, comunhão e gratidão ao nosso Papa Bento XVI, e também a minha
lealdade e comunhão ao Senhor Núncio Apostólico em Portugal, D. Rino Passigato,
e a todo o Colégio Episcopal.
Braga, 19 de novembro de 2011, Memória de Santa
Maria no Sábado
D. António José da Rocha Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário