1. Nós Te acolhemos, de braços abertos, ano novo de 2012! Nós Te saudamos, cheios de esperança e de confiança no Senhor, que irrompeu da Sua Eternidade, para abraçar o tempo e a história, e nos redimir, com o seu amor! Sem boas previsões à vista, sem seguranças certas, nem certezas que nos tranquilizem, nós Te recebemos, novo ano de 2012, com a esperança frágil da Virgem Mãe, que embala no seu regaço, o Deus Menino, acabado de nascer! Nós Te acolhemos e Te aguardamos, «mais do que as sentinelas pela aurora» (Sal.130,6)! Porque não perdemos mais tempo a esperar pelo tempo! Nós apenas esperamos, pelo Senhor, porque é no Senhor que está a misericórdia! E com Ele nos vêm a luz e a salvação!
2. É bem verdade que, no ano que termina, cresceu o sentimento de frustração por causa do agudizar da crise! Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo-nos de ver com clareza a luz do dia! Mas, nesta escuridão, o coração do homem, «não cessa de aguardar pela aurora» (cf. Salmo 130,6)! Esta expectativa mostra-se-nos hoje particularmente viva e visível nos jovens. As preocupações manifestadas por muitos jovens, no último ano, em várias regiões do mundo, como se viu, por exemplo, na chamada “primavera árabe”, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. E, por isso, neste Dia Mundial da Paz, o pensamento do Papa, volta-se para os jovens, considerando o contributo que eles podem e devem oferecer à sociedade, com o seu entusiasmo e idealismo! Mas para isso, - adverte o Papa - é necessário, que sejam conduzidos, para fora de si mesmos, guiados por testemunhas autênticas, que encarnem, na própria vida, o caminho que propõem, pautado por valores, como o respeito pela vida, a procura humilde da verdade, o uso reto e correto da liberdade, o exercício da justiça, que não se move apenas por relações de direitos e deveres, mas também e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A paz não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída, com fidelidade, constância, paciência, tenacidade, humildade e sacrifício, exigindo mesmo aos jovens a ousadia de caminhar em contracorrente.
3. Nesta urgência educativa, o Papa destaca a primária responsabilidade da família, sem ignorar as suas dificuldades: “Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustento, se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais”. Neste contexto, o Papa deixa palavras de alento: “Queridos pais: Não desanimeis! Com o exemplo da vossa vida, ajudai os vossos filhos a colocar a esperança, antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas”.
4. Na verdade, é árduo o desafio de percorrer os caminhos da justiça e da paz, um bem nunca alcançado, uma meta sempre a aspirar! Podemos interrogar-nos como o salmista: «Levanto os meus olhos para os montes, de onde me virá o auxílio?» (Sal 121, 1).Não virá certamente das ideologias do poder! O próprio responde: «o nosso auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra», que fez descer o céu à terra! Permiti-me, por isso, que vo-lo diga: voltemo-nos para o Deus vivo, nosso Criador e Redentor! Só Ele é o amor eterno; só Ele nos dá a medida do que é justo; só Ele é a fonte da nossa liberdade; só Ele, o garante do que é bom e verdadeiro!
5. Maria, a Mãe de Deus, oferece-nos o frágil Menino, como nossa única esperança! Cheios de confiança, poderemos então rezar-lhe no início de um novo ano: “Tu, Deus da eternidade, Senhor do tempo e da história, és a nossa esperança certa; não permitais que jamais sejamos confundidos! Senhor, só a Ti e só em Ti esperamos, hoje e sempre. Pois só de Ti, nos vêm a salvação e a paz para todos os homens. Amém”!´
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