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"A opção fundamental da Vida de um Cristão é acreditar no Amor de Deus" Bento XVI

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Santíssimo Nome de Jesus

Na Igreja celebra-se hoje, como Memória Facultativa, a Festa do Santíssimo Nome de Jesus, celebração esta que na Companhia de Jesus ocorre no dia 1 de Janeiro (para demonstrar a ligação essencial da própria Companhia no seu todo ao nome de Jesus) e que, historicamente, recebeu o seu maior impulso de S. Bernardino de Siena, um dos mais notáveis pregadores da Idade Média hoje reconhecido como patrono dos publicitários devido precisamente ao facto de ele, a partir de certo momento, ter feito acompanhar a sua pregação de uma intensa e dinâmica “mostração" gráfica" (com base em tábuas de madeira) do Nome de Jesus. O primeiro grande modelo do Nome de Jesus encontra-se em Siena, no Palazzo Pubblico. O desenho de S. Bernardino, ainda hoje base dos magníficos trigramas que se vêm em tantos edifícios, a começar pelo Gesù de Roma, da Companhia de Jesus, tem um significado que se vê no famoso IHS, um lema que, propriamente significa "In Hoc Signo (vinces)" ou, retomando o mote constantiniano, "Iesus Hominum Salvator". Para S. Bernardino, e na sucessiva iconografia, o Sol representa Cristo (Ele é fonte de vida) e os raios representam o irradiar do Amor que transforma o mundo. O azul da imagem representa a Fé e a parte dourada o Amor. Curiosamente, para S. Bernardino os 12 raios têm ainda um significado místico muito preciso e que se expressa na seguinte litania ao IHS (Nome de Jesus): 1. refúgio dos penitentes; 2. baluarte dos combatentes; 3. remédio dos doentes; 4. conforto dos que sofrem; 5. honra dos crentes; 6. alegria dos pregadores; 7. mérito dos que trabalham; 8. ajuda de quem precisa; 9. suspiro dos que meditam; 10. sufrágio dos orantes; 11. gosto dos contemplantes; 12. glória dos triunfantes. Em suma, a Teologia inerente a esta magnífica, e para nós jesuítas, central devoção ao Santíssimo Nome de Jesus (IHS) encontra-se na passagem da Carta aos Filipenses em que S. Paulo escreve: "No Nome de Jesus todos os joelhos se dobrem, seja nos céus, na terra ou nos infernos". O projecto de S. Bernardino de Siena era difundir o Nome de Jesus segundo o modelo da Igreja Primitiva. Ao chamarem-se Jesuítas (e não Inacianos!), os membros da Companhia de Jesus, desde o próprio Santo Inácio de Loyola, fazem "profissão" de levar até aos confins do Mundo o Nome em que todos, pois só n'Ele, somos salvos, ou seja, o Santíssimo Nome de Jesus, nomeadamente na sua histórica, e não raro belíssima, fórmula do IHS. De facto, foi sobretudo graças à acção apostólica da Companhia de Jesus que o IHS - Nome de Jesus se viu inscrito em documentos e monumentos, em todos os continentes. E contudo, hoje mais do que nunca, temos todos uma tarefa que não tem modo de se acabar, mas apenas de se realizar: levar a que o IHS, mais do que em monumentos ou documentos, se inscreva profundamente no coração das pessoas, de cada homem e mulher, seja qual for o lugar ou a cultura, pois só n'Ele, o Senhor da Vida e da História, temos, nós e o mundo todo, autêntica salvação. Por outras palavras: a Devoção ao Nome de Jesus (e Nome quer dizer Pessoa) é hoje, como em todos os tempos, urgente e imprescindível.

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