Santo Ireneu de
Lyon (c.
130 - c. 208), bispo, teólogo e mártir
Demonstração da pregação apostólica, 92-95 (a partir da trad. Bouchut. Lectionnaire, p. 297 rev. ; cf SC 62, p. 159)
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de Se manifestar no meio de nós - com efeito, o Filho de Deus fez-Se filho de homem - e de Se deixar conhecer por nós, que anteriormente O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: "Eis-me aqui, eis-me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65, 1). [...] É também este o sentido daquelas palavras de João Baptista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3, 9). Com efeito, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. [...]
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1, 14), Seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi mudado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54, 1; Gal 4, 27). [...] Deus encontra a Sua felicidade na concessão da Sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé Nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
Demonstração da pregação apostólica, 92-95 (a partir da trad. Bouchut. Lectionnaire, p. 297 rev. ; cf SC 62, p. 159)
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de Se manifestar no meio de nós - com efeito, o Filho de Deus fez-Se filho de homem - e de Se deixar conhecer por nós, que anteriormente O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: "Eis-me aqui, eis-me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65, 1). [...] É também este o sentido daquelas palavras de João Baptista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3, 9). Com efeito, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. [...]
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1, 14), Seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi mudado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54, 1; Gal 4, 27). [...] Deus encontra a Sua felicidade na concessão da Sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé Nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
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