Diante
dos Seus conterrâneos, em Nazaré, Cristo expõe as palavras do profeta
Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para
anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos
cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os
oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc
4,18-19). [...] Mediante tais factos e palavras, Cristo torna o Pai
presente no meio dos homens. É muito significativo que estes homens
sejam sobretudo os pobres, carecidos dos meios de subsistência, os que
estão privados da liberdade, os cegos que não vêem a beleza da criação,
os que vivem com a amargura no coração, ou então os que sofrem por
causa da injustiça social e, por fim, os pecadores. Em relação a estes
últimos, de modo especial, o Messias torna-Se sinal particularmente
visível de Deus que é amor, torna-Se sinal do Pai. [...]
É igualmente significativo que, quando os mensageiros enviados por João Baptista foram ter com Jesus e Lhe perguntaram: «Tu és Aquele que está para vir, ou temos de esperar outro?», Ele, referindo-se ao mesmo testemunho com que havia inaugurado o Seu ensino em Nazaré, lhes tenha respondido: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciada a Boa-Nova»; e é ainda significativo que tenha depois concluído: «Bem-aventurado aquele que não se escandalizar a Meu respeito».
Jesus revelou, sobretudo pelo Seu estilo de vida e as Suas acções, como o Amor está presente no mundo em que vivemos, Amor operante, Amor que se dirige ao homem e abraça tudo quanto constitui a sua humanidade. Tal amor transparece especialmente no contacto com o sofrimento, a injustiça e a pobreza, no contacto com toda a «condição humana» histórica que, de vários modos, manifesta as limitações e a fragilidade, tanto físicas como morais, do homem. Precisamente o modo e o âmbito em que Se manifesta o Amor são chamados, na linguagem bíblica, «misericórdia». Cristo, portanto, revela Deus que é Pai, que é «Amor», como referiria João na sua primeira epístola (4,16); revela Deus «rico em misericórdia» (Ef 2,4).
Beato João Paulo II
Encíclica «Dives in Misericordia» § 3
É igualmente significativo que, quando os mensageiros enviados por João Baptista foram ter com Jesus e Lhe perguntaram: «Tu és Aquele que está para vir, ou temos de esperar outro?», Ele, referindo-se ao mesmo testemunho com que havia inaugurado o Seu ensino em Nazaré, lhes tenha respondido: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciada a Boa-Nova»; e é ainda significativo que tenha depois concluído: «Bem-aventurado aquele que não se escandalizar a Meu respeito».
Jesus revelou, sobretudo pelo Seu estilo de vida e as Suas acções, como o Amor está presente no mundo em que vivemos, Amor operante, Amor que se dirige ao homem e abraça tudo quanto constitui a sua humanidade. Tal amor transparece especialmente no contacto com o sofrimento, a injustiça e a pobreza, no contacto com toda a «condição humana» histórica que, de vários modos, manifesta as limitações e a fragilidade, tanto físicas como morais, do homem. Precisamente o modo e o âmbito em que Se manifesta o Amor são chamados, na linguagem bíblica, «misericórdia». Cristo, portanto, revela Deus que é Pai, que é «Amor», como referiria João na sua primeira epístola (4,16); revela Deus «rico em misericórdia» (Ef 2,4).
Beato João Paulo II
Encíclica «Dives in Misericordia» § 3
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