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"A opção fundamental da Vida de um Cristão é acreditar no Amor de Deus" Bento XVI

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Bento XVI na bênção ‘Urbit et Orbi’ - "Deus que é amor quer salvar-nos através do caminho da reconciliação, do diálogo e da colaboração"


Feliz Natal para todos! O nascimento do Menino Jesus ilumine de alegria e paz vossos lares e Nações!

Com a formulação dos bons votos de Natal em 65 língua e a bênção apostólica à cidade de Roma e ao mundo (Urbi et Orbi) concluiu-se a celebração do Natal do Papa no Vaticano

Jesus Salvador, a invocar confiadamente, em todos os cantos do mundo, foi o tema e fio condutor da Mensagem natalícia do Papa, proferida precedentemente da varanda central da Basílica de S. Pedro com a praça de S. Pedro repleta de pessoas, para além dos milhões de outras, que o puderam escutar através da Rádio e da televisão.

“Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro!
Cristo nasceu para nós! Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados: a todos chegue o eco deste anúncio de Belém, que a Igreja Católica faz ressoar por todos os continentes, sem olhar a fronteiras nacionais, linguísticas e culturais. O Filho de Maria Virgem nasceu para todos; é o Salvador de todos.”


Bento XVI recordou uma antiga antífona litúrgica que invoca Jesus como “esperança e salvação dos povos”, suplicando-Lhe: “Vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus».

“Vinde salvar-nos! Tal é o grito do homem de todo e qualquer tempo que, sozinho, se sente incapaz de superar dificuldades e perigos. Precisa de colocar a sua mão numa mão maior e mais forte, uma mão do Alto que se estenda para ele.
Amados irmãos e irmãs, esta mão é Jesus, nascido em Belém da Virgem Maria. Ele é a mão que Deus estendeu à humanidade, para fazê-la sair das areias movediças do pecado e segurá-la de pé sobre a rocha, a rocha firme da sua Verdade e do seu Amor”.


O nome “Jesus” significa precisamente «Salvador». Ele foi enviado para nos salvar sobretudo do mal mais profundo que está radicado no homem e na história: o mal que é a separação de Deus, o orgulho presunçoso de fazer como nos apetece, de fazer concorrência a Deus, substituindo-nos a Ele, no decidir o que é bem e o que é mal, com a pretensão de sermos senhores da vida e da morte.

“Este é o grande mal, o grande pecado, do qual nós, homens, não nos podemos salvar senão confiando-nos à ajuda de Deus, senão gritando por Ele: Vinde salvar-nos!»
O próprio facto de elevarmos ao Céu esta imploração já nos coloca na justa condição, já nos coloca na verdade do que somos nós mesmos: realmente nós somos aqueles que gritaram por Deus e foram salvos”.


Deus é o Salvador; nós, aqueles que se encontram em perigo. Ele é o médico, nós os doentes. O facto de reconhecer isto mesmo é o primeiro passo para a salvação, para a saída do labirinto onde nós mesmos, com o nosso orgulho, nos encerramos. Levantar os olhos para o Céu, estender as mãos e implorar ajuda é o caminho de saída, contanto que haja Alguém que escute e possa vir em nosso socorro. Ora – sublinhou o Papa – Jesus é a prova de que Deus escutou o nosso grito. A resposta que Deus deu, em Cristo, ao grito do homem, supera infinitamente as nossas expectativas, chegando a uma solidariedade tal que não pode ser simplesmente humana, mas divina. O Deus que é amor quer salvar-nos através do caminho da reconciliação, do diálogo e da colaboração.

Bento XVI convidou pois todos a unirem-se a Ele, neste Natal de 2011, dirigindo-se ao Filho da Virgem Maria com a invocação «Vinde salvar-nos»! E isso em união com tantas pessoas em situações particularmente difíceis, dando voz a quem a não tem. Começando pelos habitantes do Nordeste Africano, que enfrentam a fome e a insegurança…

Juntos, invoquemos o socorro divino para as populações do Corno de África, que padecem fome por causa das carestias, por vezes ainda agravadas por um estado persistente de insegurança. A comunidade internacional não deixe faltar a sua ajuda aos numerosos refugiados vindos daquela Região, duramente provados na sua dignidade.

O Senhor dê conforto às populações do Sudeste asiático, particularmente da Tailândia e das Filipinas, que se encontram ainda em graves situações de emergência devido às recentes inundações.

O Papa não esqueceu a Terra Santa, a Síria, o Iraque, o Afeganistão… invocando em favor destas populações, Jesus, Salvador, Príncipe da Paz:

Ele, que é o Príncipe da Paz, dê paz e estabilidade à Terra onde escolheu vir ao mundo, encorajando a retoma do diálogo entre israelitas e palestinianos. Faça cessar as violências na Síria, onde já foi derramado tanto sangue. Favoreça a plena reconciliação e a estabilidade no Iraque e no Afeganistão.

Dê um renovado vigor, na edificação do bem comum, a todos os componentes da sociedade nos países do Norte da África e do Médio Oriente.

O nascimento do Salvador sustente as perspectivas de diálogo e colaboração no Myanmar à procura de soluções compartilhadas. O Natal do Redentor garanta a estabilidade política nos países da região africana dos Grande Lagos e assista o empenho dos habitantes do Sudão do Sul na tutela dos direitos de todos os cidadãos.

E Bento XVI concluiu a sua Mensagem “Urbi et Orbi” deste Natal 2011 convidando a dirigir o olhar para a Gruta de Belém, para o Menino que é a nossa salvação, que trouxe ao mundo uma mensagem universal de reconciliação e de paz. “Abramos- Lhe o nosso coração – concluiu o Papa, acolhamo-Lo na nossa vida. Repitamos-Lhe com confiada esperança: «Veni ad salvandum nos». Vinde salvar-nos!”

Rádio Vaticano

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