Queridas familias

No início de mais um Novo Ano, em que o sentimento de incerteza quanto ao futuro paira no nosso espírito, gostaria de me dirigir a cada um de vós para vos saudar e ao mesmo tempo transmitir uma mensagem de esperança. Esta esperança vem-nos d’Aquele menino, frágil e humilde que celebramos no Natal: Jesus Cristo. Ele veio habitar no meio de nós, escolheu uma família normal, cresceu em sabedoria e graça no aconchego de um lar. Esta realidade concreta que é a família, foi pensada por Deus para se tornar uma comunidade de vida e de amor em ordem à felicidade dos cônjuges e dos filhos. Os casais, através da doação e entrega mútua, tornam-se colaboradores de Deus na obra da criação. O amor verdadeiro é exigente, afasta para longe toda a espécie de egoísmo, e procura em tudo o bem do outro. A vida familiar constitui a melhor escola para o crescimento humano e cristão dos filhos. É aí que eles aprendem, com o exemplo dos pais, a respeitar cada pessoa, qualquer que seja a sua idade ou condição. Em família se aprende a ser verdadeiro e justo, humilde e trabalhador. Nos lares cristãos, pela oração pessoal e comunitária, cultiva-se também a fé e o amor a Deus e ao próximo. Numa sociedade cada vez mais adversa aos valores espirituais, os pais têm uma missão muito importante a cumprir: serem os primeiros e principais educadores dos seus filhos. Não deixem que outros vos substituam, embora devam aceitar a ajuda de algumas instituições como o Estado e a Igreja.

Sabemos como é difícil hoje a vida das nossas famílias. Mas não devemos desanimar, pois temos connosco uma força poderosa, um alimento que é fonte de amor: Jesus presente na Eucaristia. Que todas as famílias se reúnam à volta desta mesa, sobretudo ao domingo, dia do Senhor, para aí encontrarem o vigor e a alegria de viverem a união, a força do perdão e a capacidade de se amarem cada vez mais.
Neste ano dedicado aos sacerdotes, recordemos um grande apóstolo da família: o Sr. Cónego José Cardoso, filho desta terra que tanto bem fez pelas famílias da nossa diocese, tanto na formação de catequistas como na pastoral familiar. Sejamos merecedores do seu legado e peçamos-lhe a sua intercessão junto de Deus.

Com amizade, o vosso pároco
P.Aniceto

Paz universal

Celebrar no dia 1 de Janeiro o Dia Mundial da Paz, é ocasião admirável para nos levar a uma reflexão séria sobre este tema. Cada ano, desde 1968, o Papa envia a todo o mundo uma Mensagem para o Dia da Paz. A iniciativa desta celebração nasceu no coração do Papa Paulo VI. Nessa altura como hoje, o mundo andava em guerra, ódio, injustiça, crime, divisões. Bombas atómicas, poderio militar, perigo duma guerra nuclear… Fome, destruição, morte… Perante tantas situações de sofrimento em tantas partes do mundo, perante tanta destruição de vidas humanas, é urgente falar de Paz, construir a Paz, rezar pela Paz.