A LIÇÃO DO LÁPIS
Era uma vez um menino. Quando chegou a idade de ir à escola, os pais compraram-lhe o material necessário. Na sua mochila nova, havia entre outras coisas, livros, canetas, e lápis. Um desses lápis era diferente dos demais, tinha muitas cores, uma borracha incorporada, etc. Isso enchia-o de orgulho e como se julgava superior, escarnecia dos seus colegas de ofício. Um dia, um lápis mais pequeno mas muito esperto disse-lhe:
-Não sei qual o motivo da tua vaidade. Pensa bem: tu não consegues trabalhar sozinho, precisas de uma mão que te oriente; de vez em quando é necessário que te afiem porque o bico, gasta-se ou parte-se; por vezes também fazes erros e vais pedir ajuda à borracha para os emendar. Além disso, a qualidade da tua escrita não depende das cores exteriores, mas do carvão que tens dentro e por isso as marcas que deixas podem ser boas ou más, positivas ou negativas. Aquele lápis, que até então não tinha amigos porque era muito arrogante, ouviu as palavras do seu colega com atenção e meditou nelas. Compreendeu que era mesmo verdade, pediu desculpa e a partir daquele dia foram grandes amigos.
A vida é mestra do saber e todos nós podemos aprender belas lições com as coisas mais simples se estivermos atentos. Muitas pessoas não tiveram a possibilidade de estudar, contudo, possuem uma riqueza de conhecimentos que a experiência lhes transmitiu e nos deixam surpreendidos. Um simples lápis pode ajudar-nos a reflectir sobre algumas qualidades importantes na maneira de viver. Ora vejamos: o lápis não actua por si próprio, precisa de uma mão que o conduza. Assim também o ser humano deve reconhecer que precisa de uma mão a conduzi-lo. E tal como o lápis se deixa orientar, cada um de nós tem necessidade de uma orientação superior, de uma mão que guie os nossos passos, e essa mão é a mão de Deus. E para que o nosso trabalho seja mais perfeito, de vez em quando é bom que aparemos aquilo que pode prejudicar a nossa acção e que exige algum sofrimento ou que usemos a borracha para corrigir o que está errado (uma boa confissão). De facto, não importa a cor da pele, dos olhos ou do cabelo, o que importa é o nosso interior, a beleza do nosso coração. Um coração simples, aberto e generoso com certeza deixará marcas muito positivas na vida de todos os que nos rodeiam.
Com amizade, o vosso pároco:
P.Aniceto
Com amizade, o vosso pároco:
P.Aniceto
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